Uma resposta à pergunta do título deste artigo é que a humanidade precisa de comunicação da parte de Deus com respeito a quem ele é e o que ele exige.
Os milhares de religiões organizadas e desorganizadas que existem no mundo todo hoje são evidência de que boa parte da humanidade está confusa e é ignorante quanto à revelação de Deus, a Bíblia Sagrada.
Embora não seja necessariamente uma procura pelo Deus verdadeiro (Romanos 3.11), as buscas religiosas e filosóficas da humanidade indicam o vazio na vida que ocorre devido à ausência de Deus como consequência de desobediência e descrença. Todas as pessoas reconhecem precisar de autoridade na vida, pois há uma necessidade humana fundamental de funcionar de acordo com uma percepção da verdade. Em vez de somente as Escrituras, outras fontes de autoridade podem incluir, por exemplo, as tradições da igreja, indivíduos convincentes, razão humana, práticas/superstições, grupos religiosos e persuasões teológicas (algumas das quais podem ser válidas, outras obviamente não, mas mesmo aquelas que são válidas não podem nunca contradizer, subjugar ou substituir a revelação bíblica).
A Palavra de Deus, é claro, é a autoridade suprema para todas as coisas necessárias para a salvação.
A Palavra de Deus, é claro, é a autoridade suprema para todas as coisas necessárias para a salvação (cf. 2Pedro 1.3). Como somente as Escrituras contêm essa verdade, elas precisam necessariamente comunicar com clareza, a fim de serem compreensíveis para todos. De fato, a Bíblia é clara o suficiente nesse sentido para qualquer pessoa que receba as Escrituras pela autoridade que possuem (cf. Salmos 119.105,130; 2Pedro 3.16). A clareza das Escrituras não elimina a necessidade da arte da interpretação bíblica (isto é, a hermenêutica), mas torna possível o entendimento. Há certamente aqueles que consideram a verdade bíblica algo incompreensível, mas isso não advém de uma obscuridade das Escrituras; antes, a ofuscação é a consequência da própria cegueira espiritual ou falta de entendimento por parte daqueles que não se esforçam em busca de clareza total e perfeita da verdade. Infelizmente, há alguns que se preocupam tanto com pensamentos contrários às Escrituras que estes os impedem de compreendê-la.
O que é revelação?
O termo teológico “revelação” se refere tanto à autorrevelação de Deus com respeito à sua natureza e propósito para a humanidade quanto ao corpo da verdade que se tornou conhecido. O termo é derivado da palavra grega apokalupsis, que significa “uma divulgação” ou “revelação”, e pode se referir ao ato pelo qual Deus revela uma verdade através da criação (Salmos 19; Romanos 1.18-21), de sonhos (Daniel 2.20-30), de milagres (João 20.30-31), da comunicação oral (Êxodo 3.1-9; Atos 22.17-21) e da pessoa de Jesus Cristo (João 1.14,18). Revelação também pode se referir ao conteúdo da verdade revelada, isto é, as palavras contidas na Bíblia. Os dois meios de revelação de Deus incluem a revelação geral e a revelação especial. A revelação geral é recebida por meio da criação e da consciência (Salmos 19; Romanos 1–3; Atos 14.15-17; 17.22-31); é o mundo ao redor da humanidade e também certas sensibilidades dentro dos seres humanos. A revelação especial é a própria Palavra de Deus (os 39 livros do Antigo Testamento e os 27 livros do Novo Testamento).
O que é confiável?
A confiabilidade (ou historicidade) de um documento, tal como os livros da Bíblia, é baseada na proximidade entre a época dos escritores e os relatos que eles registraram. Os relatos da vida de Cristo no Novo Testamento foram registrados por testemunhas oculares ou por aqueles que receberam destas aquilo que escreveram (Lucas 1.1-3; 3.1-3; João 19.35; 2Pedro 1.16; 1João 1.3 etc.).
A igreja primitiva pregou seu testemunho a respeito de Jesus Cristo não apenas entre testemunhas amigáveis, mas também entre aqueles que os confrontaram incessantemente sobre os preceitos fundamentais da fé cristã, e que até mesmo empregavam táticas agressivas e violentas. Os discípulos não podiam arriscar serem imprecisos ou manipular essas proposições vitais, uma vez que aqueles indivíduos menos entusiasmados – que consideravam a pessoa e a obra do Senhor um escândalo – poderiam refutar esses preceitos. O elemento fundamental do ensino apostólico era o apelo ousado e confiante à experiência e conhecimento de seus ouvintes. Eles podiam não apenas proclamar o testemunho da vida, morte e ressurreição de Cristo, mas também podiam dizer: “... como vocês mesmos sabem” (Atos 2.22,32).
O único sistema de crença que é suficiente é que Deus governa ativamente de forma soberana sobre todas as coisas, para a sua própria glória e para o bem do seu povo.
O que é uma cosmovisão?
O ponto de vista pessoal, a partir do qual uma pessoa entende toda a sua vida, é frequentemente considerado como uma cosmovisão. Uma cosmovisão é uma amalgamação de várias suposições ou pressuposições afirmadas por alguém – seja consciente ou inconscientemente – a respeito da estrutura básica do mundo no qual vivemos. A justificativa para a tomada de decisões não é sempre óbvia, pois é baseada na cosmovisão de cada um (ou seja, a sua razão de viver, sua decisão sobre o foco de sua vida e as consequências dessas decisões). Portanto, é absolutamente crítico permanecer na verdade da Palavra de Deus e no Salvador, de forma que a nossa moralidade esteja baseada no espírito da verdade, não no espírito do erro (p. ex., veja 1João 4.1-6).
Existe uma grande quantidade de cosmovisões em nossa cultura, as quais procuram responder questões básicas a respeito da vida no presente e no futuro. Muitas cosmovisões são possíveis, tais como: teísmo bíblico, deísmo, dualismo, fatalismo, hedonismo, humanismo, positivismo, pragmatismo, relativismo, secularismo ou sinergismo. Contudo, a realidade é que apenas uma cosmovisão é adequada e verdadeira. O único sistema de crença que é suficiente é que Deus governa ativamente – momento a momento – de forma soberana sobre todas as coisas, para a sua própria glória e para o bem do seu povo.
Deus deu sua Palavra para revelar a si mesmo e sua vontade para a humanidade.
Por que estudar a Bíblia?
Deus tomou a iniciativa e revelou toda a verdade através do Espírito Santo, que impeliu humanos falhos como escritores, supervisionando-os simultânea e milagrosamente enquanto eles escreviam, prevenindo assim qualquer erro ou omissão nas Escrituras (2Timóteo 3.16; 2Pedro 1.21). As Escrituras são “sopradas por Deus” e pode-se confiar nelas como inerrantes e infalíveis. A confiabilidade das Escrituras significa que são críveis e dignas de fé. Deus deu sua Palavra para revelar a si mesmo e sua vontade para a humanidade. A Escritura faz homens errantes sábios para a salvação, e ouvi-la e obedecê-la certamente dará a você a força e a sabedoria necessárias para todas as oportunidades e responsabilidades que tiver.
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