Estudo aponta que muitos cristãos consideraram restrições da Covid-19 uma violação da liberdade religiosa.
Dados do estudo da Pew Research, que analisou 198 países e territórios no mundo inteiro, apontam que, em um quarto deles, os governos usaram força física como prisões e batidas para fazer com que os grupos religiosos obedecessem às restrições de cultos da Covid-19.
Desta forma, em pelo menos 40 países ou territórios houve detenções, já em 11 deles houve agressões físicas e em 10 danos à propriedade, confiscação e invasões. Mortes foram registradas em três.
Além disso, em muitos países, grupos religiosos foram acusados de espalhar a Covid-19. Em 18 deles, foram as autoridades que ligaram grupos ou reuniões religiosas à propagação do vírus, já em 39 países a acusação veio de indivíduos ou grupos privados.
“No Egito, as teorias da conspiração culparam a pandemia da minoria cristã copta ortodoxa, que os observadores cristãos internacionais disseram ter exacerbado a discriminação que o grupo minoritário já enfrentava”, revelou o estudo.
Da mesma forma, na Turquia, a porta de uma igreja ortodoxa armênia foi incendiada, e as notícias diziam que o homem disse à polícia que agiu porque os cristãos armênios trouxeram o vírus da Covid para o país.
Assim, os dados apontam que as medidas de saúde pública impostas pelas autoridades para impedir a propagação do Covid durante a pandemia foram desafiadas por grupos religiosos em 69 países.
Por fim, segundo Christian Today, grupos religiosos em 54 países (27%) criticaram medidas de saúde pública mandatadas pelo governo, “declarando frequentemente que as regras eram uma violação da liberdade religiosa”.
“Durante a pandemia de Covid-19, países ao redor do mundo restringiram grandes reuniões para reduzir a propagação do vírus. Os eventos religiosos, incluindo cultos presenciais, foram proibidos em muitos lugares”, concluiu o estudo.
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