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domingo, 2 de novembro de 2008

O TEMPO DA ESPERA


Abrão via em Ur dos Caldeus, uma vida naturalmente comum, em meio a idolatria que na época já fazia parte das civilizações; quando repentinamente Deus se apresenta a ele; um Deus muito diferente dos cultuados por seu povo, pois os seus deuses eram de barro e de metal, tinham boca mas não falavam, tinham mãos mas não apalpavam, tinham pés mas não andavam e viviam muito distante, quase inacessíveis a os seres humanos, deuses quase sempre irados e prontos a vingar-se dos homens através de vulcões em erupção, enchentes, terremotos, furacões e outras catástrofes na natureza. Este Deus se revela ser um Deus diferente, o verdadeiro, que tinha olhos e via, pés e andava, boca e falava, poder e vontade de abençoar a sua vida.E Deus revela ter um propósito para sua vida, manda Abrão sair da sua terra, do meio da sua parentela, e da casa de teu pai, para ir a uma terra que Ele lhe mostraria. E lhe fez promessas de fazer dele uma grande nação, de abençoar-lhe, e engrandecer o seu nome, e que ele seria uma bênção. E que Deus abençoaria os que o abençoassem e amaldiçoaria os que lhe amaldiçoassem; e em Abrão seriam benditas todas as famílias da terra. Abrão então sai sem saber bem para onde teria de ir, sai pela fé crendo que aquEle que lhe falou era poderoso para cumprir tudo que havia prometido. Só que Abrão ao sair leva consigo seu pai e seu sobrinho Ló, o que Deus não o havia mandado; ele saiu de sua terra, mas levou seus parentes e seu pai.Com isto Deus não poderia realizar os propósitos que tinha para sua vida, pois o plano de Deus era com ele e não com seus parentes e seu pai. Eles poderiam interferir de alguma maneira, influenciando a Abrão e contrariando o propósito divino.Pelo caminho Deus que é o dono da vida, recolhe seu pai Terá e mais adiante por intermédio de uma briga de família envolvendo os pastores de Ló e os seus pastores Deus os separa. Ló com sua ganância, falta de consideração e visão carnal escolhe para si as campinas verdejantes onde ficavam as cidades de Sodoma e Gomorra e Abrão fica então com a instável terra de Canaã. Quando eles se separam, começa a se realizar os propósitos de Deus para a vida de Abrão. O Senhor reaparece a Abrão e lhe diz para estender os seus olhos e ver desde onde ele estava até onde a sua visão pudesse alcançar, que tudo aquilo Deus lhe daria a ele e a sua posteridade em possessão perpétua. Deus anima a Abrão e promete-lhe um filho. Mas a ansiedade de ver a promessa cumprida faz com que Abrão não agüente “o tempo da espera” e tente ajudar a Deus; e como Sara não conseguia ter filhos, ele então tem um filho com Hagar a serva Egípcia. Cometendo um erro que lhe traria graves problemas mais tarde.
Nós como Abraão somos chamados por Deus para fazer a sua obra e temos de deixar tudo para trás, nossa terra, amigos e parentes, para atender o chamado divino indo para onde nunca imaginávamos. Para alguns isso é uma difícil tarefa, cortar o cordão umbilical, mas para outros nem tanto pois Deus já os havia preparado para este momento. Passado então este primeiro impacto estamos dispostos a enfrentar as adversidades, a ultrapassar barreiras, derrubar muros e transpor obstáculos. Entramos para a escola divina onde Deus nos ensina o que precisamos saber e reaprendemos o que havíamos aprendido errado. Passamos por grandes lutas, terríveis dificuldades, somos forjados no calor da batalha. Saímos com uma fé que parece inabalável, movida pela chamada que arde em nosso coração.Mas aí vem o que para muitos é a pior luta, o pior deserto que teremos de passar, o chamado “tempo da espera”, onde há um desgaste muito grande e é travada dentro de nós uma guerra; a ansiedade nos perturba dia após dia e quanto mais o tempo passa mais desesperados ficamos. Olhamos de um lado para outro buscando uma saída; mil e um pensamentos passam em nossa mente e a dúvida nos assalta, buscamos razões do porquê as coisas não acontecerem, nos perguntamos será que falhamos em alguma área de nossa vida e Deus desistiu de nós?Há momentos que chegamos até a desistir, jogamos tudo para o alto, dizemos que não queremos saber de mais nada da obra de Deus; mas felizmente Deus sabe que dizemos isto da boca pra fora, e ao menor sinal divino nos levantamos cheios de esperança novamente. O problema é que impacientemente queremos ver cumprida a promessa de Deus e buscamos algum modo de tentar ajudá-lo; acabamos correndo o risco de cometermos erros que nos trarão graves problemas no futuro, como Abraão que não esperou a promessa de Deus de que ele teria um herdeiro de sua esposa Sarai, que estava com a idade bem avançada e naturalmente não poderia ter filhos, e tentou ajudar o Senhor adiantando as coisas tendo um filho com Hagar a serva egípcia de Sarai.O tempo de Deus não é o nosso tempo, o relógio divino funciona de maneira diferente do nosso, temos que ter o fruto da paciência e ter em mente o que disse o apóstolo Paulo: “lançando sobre Ele toda vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” e o que está escrito na carta aos hebreus “o que há de vir virá e não tardará”. Em números 23:19 diz: Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? E o salmista nos tranqüiliza ao afirmar: “esperei com paciência no Senhor e ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor”. Por isso não percamos o ânimo e sigamos a nossa carreira no firme caminho que nos foi proposto.

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