As casas do pastor Stone e de vizinhos cristãos foram apedrejadas.
O pastor Shone (pseudônimo) atua como evangelista no Sul da África, em um país que proíbe a pregação do evangelho. Na região, os cristãos são minoria e, por isso, são vítimas de perseguição com frequência.
Há pouco mais de uma semana, no dia 25 de setembro, a casa do evangelista foi apedrejada. Radicais islâmicos chegaram por volta das 7h30 da manhã e lançaram pedras contra a casa do pastor.
“Um grupo de homens, mulheres, jovens e até crianças chegaram à minha casa a procura de uma menina albina que tinha desaparecido. Eles pediram para procurar na nossa casa. Entraram, checaram todos os quartos e não encontraram a criança”, relata o pastor.
Falsa acusação
Ele continua: “Um dos homens então gritou para que os amigos trouxessem uma corda. Eles amarraram os meus braços e me jogaram no chão. Depois, amarraram minhas pernas com um lenço e trouxeram fios para continuarem me amarrando”.
“Um menino veio com um bastão para bater em mim, eles estavam prontos para acabar com minha vida. Foi naquele momento que a polícia entrou em nossa casa e o grupo fugiu. Descobri algum tempo depois que eles planejavam me linchar”, acrescenta o líder cristão.
Pressão sobre os cristãos
“A comunidade exigiu que todas as casas no nosso complexo [de casas de cristãos] fossem revistadas para procurar a criança. Eles entraram com a polícia e não acharam a criança, por isso a multidão continuou lançando pedras em nossa casa e em todas as moradias do complexo. Eles queriam destruir tudo”, ele acrescenta.
A polícia respondeu ao tumulto com tiros. Um dos oficiais foi atingido por uma pedra que a multidão lançou contra eles. Depois de ouvir os acusadores e não encontrar nenhuma evidência do crime, o pastor Shone foi liberado.
Propósito inabalável
“Senti que Deus me conduziu para anunciar o evangelho para os moradores daquele vilarejo. Eu me instalei na vizinhança com o propósito de pregar o evangelho e continuarei cumprindo essa missão. Eles estão me acusando injustamente de sequestrar essa criança.”
“Já houve dois incidentes em que a polícia precisou intervir para me proteger. Se eles demorassem um pouco mais, eu estaria morto. Todas essas acusações foram feitas porque o evangelho está sendo pregado e muitas pessoas estão chegando a Jesus. É por isso que eles não me querem na comunidade.”
Por causa dos ataques, o pastor Shone foi transferido para uma área mais segura. Ele pede que oremos por outras famílias cristãs que moram no complexo e não conseguiram se mudar.
“[No complexo] há um casal que tem quatro filhos e outra família que estava presente no ataque recente. Obrigado por seu apoio. Continue orando por nós. Nós compreendemos a importância de levar o evangelho às pessoas que não conhecem a Jesus. Estou pronto para continuar servindo a Jesus com toda coragem e zelo até o último dia da minha vida.”
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